quarta-feira, 25 de julho de 2012

Daltonismo – O que é?


A retina é constituída por fotorreceptores especificamente sensíveis às cores, denominados cones, dos quais é possível distinguir três tipos, cada um capaz de captar uma cor fundamental, já que uns são sensíveis ao vermelho, outros ao verde e outros ao azul. Em condições normais, a estimulação simultânea e parcial dos três tipos de cones possibilita a distinção de um amplo leque de cores.

O daltonismo é originado pelo facto de a retina das pessoas afectadas apresentar uma diminuição ou a ausência de algum dos diferentes tipos de cones, o que faz com que não consigam distinguir as cores às quais são sensíveis. O problema, de índole constitucional, é provocado por uma anomalia genética recessiva ligada ao cromossoma X, o que justifica o facto de ser mais frequente no
sexo masculino do que no sexo feminino.

Manifestações

A única consequência do daltonismo é a incapacidade para perceber ou distinguir
determinadas cores. Normalmente, o problema consiste numa impossibilidade de diferenciar o vermelho ou o verde. Os indivíduos incapazes de distinguir o vermelho são denominados protanopes, enquanto que os que não conseguem distinguir o verde são conhecidos como deuteranopes. Para além disso, noutros casos (menos frequentes), há quem tenha dificuldade em distinguir o amarelo ou o azul.

Uma outra consequência habitual do daltonismo consiste numa possível confusão entre as cores, na medida em que, por vezes, duas tonalidades da mesma cor, uma escura e outra clara, são entendidas como cores diferentes. Existem indivíduos com problemas de percepção cromática menos evidentes que não são capazes de distinguir as cores, embora vejam
melhor as cores intensas e necessitem de um período de tempo mais prolongado do que o normal para identificar a cor. Para além disso, em alguns casos, as cores demasiado vivas provocam fadiga visual.

Diagnóstico

O daltonismo pode ser diagnosticado através de exames específicos que avaliem a percepção cromática, nos quais pode-se recorrer à utilização de vários elementos. Por exemplo, é possível utilizar fios ou lãs de diferentes cores, que o médico mostra ao paciente para que este os identifique. É igualmente comum a utilização de cartões com pontos de cores diferentes entre os quais existem alguns de uma
determinada cor que formam letras ou números que as pessoas com visão normal conseguem distinguir, embora passem despercebidos às pessoas com deficiência cromática, que confundem as cores.

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