sábado, 28 de julho de 2012

Nistagmo

     
  Nistagmo são oscilações repetidas e involuntárias rítmicas de um ou ambos os olhos em algumas ou todas as posições de mirada, podendo ser originarias de labirintites, maculopatias ou catarata congênita, albinismo, e outras causas neurológicas.Uma forma de Nistagmo.
Fisiologicamente, o nistagmo é um reflexo que ocorre durante a rotação da cabeça para estabilizar a imagem. O reflexo é dividido em duas fases, uma rapida e uma lenta. A fase lenta é para compensar a rotação da cabeça e a fase rápida é para resetar o movimento (caso contrário o olho iria atingir a borda da órbita e se manteria la enquanto durasse o movimento rotacional). A fase lenta é gerada pelo sistema vestibular enquanto a fase rápida responde a sinais do tronco cerebral.
O nistagmo é dito patológico quando o movimento (fases rápida e lenta) ocorrem mesmo com a cabeça parada. É resultado do desbalanço do sistema vestibular alterando o tônus dos neurônios motores extra-oculares. O nistagmo patológico é um sinal clássico de doenças do labirinto vestibular e suas conexões centrais.
Quanto a direção do movimento dos olhos no nistagmo patológico: Uma irritação do labirinto da orelha esquerda produz sinais que lembram os produzidos quando a cabeça é rodada para a esquerda. Assim, o movimento lento será para a direita enquanto a fase rápida será para esquerda. A destruição do labirinto da direita causa os mesmos sintomas que a irritação do labirinto esquerdo.

Diagnóstico

O nistagmo é muito perceptível mas pouco reconhecido. Ele pode ser investigado clinicamente com a utilização de exames não-invasivos. O mais simples é a prova calórica, na qual um dos meatos auditivos externos é irrigado com água quente ou fria. O gradiente de temperatura provoca estimulação do nervo vestibulococlear e consequentemente o nistagmo.
O movimento resultante dos olhos pode ser registrado e quantificado por dispositivos especiais como o eletronistagmógrafo (ENG), uma forma de eletrooculografia (um método elétrico de medir os movimentos oculares usando eletrodos externos, ou o videonistagmógrafo (VNG), uma forma de videooculografia (VOG) (um método baseado em vídeo para medir os movimentos oculares usando pequenas câmeras). Cadeiras especiais que balançam também são usadas em testes para induzir o nistagmo rotatório.

Causas

Nem sempre é patológico. O nistagmo pode ser parte do reflexo vestíbulo-ocular, em que os olhos se movem primeiro na direcção do lado lesionado (fase lenta) seguida por uma rápida correção (fase rápida) para o lado oposto. Além disso, o uso de Ecstasy (MDMA) pode causar sua ocorrência.

Movimento e direção

O movimento do nistagmo pode ser em um ou mais planos (horizontal, vertical ou rotatório). É o plano dos movimentos e não a direção do olhar que define a direção do nistagmo. A direção do nistagmo é definida pela direção de sua fase rápida. Ou seja, quando o olho do paciente move-se rapidamente para o lado esquerdo e depois volta lentamente para a direita, caracteriza-se como um nistagmo esquerdo (não importando se o paciente está olhando para cima, para baixo, para esquerda ou direita)
                                                                                                                                                              

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Pterigio

O pterígio (do grego pterygion, "asinha") caracteriza-se por massa fibrovascular, triangular e elevada, crescendo a partir da conjuntiva em direção à córnea.
Localiza-se principalmente na área interpalpebral, no setor nasal, e mais raramente no setor temporal.

Quadro Clínico

A característica clínica do pterígio varia de acordo com seu estágio de evolução. Em sua forma inicial, observa-se um pequeno crescimento da conjuntiva em direção a córnea, através do limbo.
Esta forma incipiente possui poucos vasos. Com a progressão, os vasos sangüíneos tornam-se dilatados e congestos, a córnea torna-se irregular, podendo haver comprometimento do eixo visual se o pterígio atinge o centro da córnea. Um depósito de ferro pode ser observado na borda do pterígio (linha de Stocker) significando cronicidade.
A localização fora da zona interpalpebral é considerada atípica e nesses casos outras etiologias como ceratoconjuntivite flictenular e malignidade devem ser consideradas.

Tratamento

O tratamento inicial deve ser clínico, orientando-se o paciente a proteger seus olhos da luz solar com óculos escuros e lubrificantes oculares para evitar ressecamento.
Se ocorrer inflamação e edema deve-se usar colírio com vasoconstritores para prevenir elevação do tecido e formação de defeito do filme lacrimal na área subjacente. Corticosteróides de baixa concentração podem ser prescrito por curto período de tempo.
A intervenção cirúrgica está indicada por motivo cosmético ou funcional quando a progressão da lesão coloca em risco a visão ou quando há formação de simbléfaro limitando a mobilidade ocular. Se nenhuma destas indicações existe, é melhor tratar o pterígio clinicamente, já que a recorrência após a cirurgia é freqüentemente mais agressiva do que a lesão primária.
Existem múltiplas técnicas cirúrgicas para a remoção do pterígio, todas elas apresentando possibilidade de recidiva. Vários tratamentos para evitá-la após a cirurgia são preconizados. O mais comum é a irradiação beta com estrôncio 90 aplicado na esclera próxima ao limbo, num total de 1.000 a 1.500 rad divididos em 6 aplicações. As complicações mais freqüentes com este tratamento são: escleromalácia, afinamentos esclerais graves e mesmo endoftalmite.
Outra forma de tratamento é o uso tópico de thiotepa, agente antineoplásico, que deve ser utilizado de 4 a 6 vezes ao dia por 6 a 8 semanas no período pós-operatório.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Daltonismo – O que é?


A retina é constituída por fotorreceptores especificamente sensíveis às cores, denominados cones, dos quais é possível distinguir três tipos, cada um capaz de captar uma cor fundamental, já que uns são sensíveis ao vermelho, outros ao verde e outros ao azul. Em condições normais, a estimulação simultânea e parcial dos três tipos de cones possibilita a distinção de um amplo leque de cores.

O daltonismo é originado pelo facto de a retina das pessoas afectadas apresentar uma diminuição ou a ausência de algum dos diferentes tipos de cones, o que faz com que não consigam distinguir as cores às quais são sensíveis. O problema, de índole constitucional, é provocado por uma anomalia genética recessiva ligada ao cromossoma X, o que justifica o facto de ser mais frequente no
sexo masculino do que no sexo feminino.

Manifestações

A única consequência do daltonismo é a incapacidade para perceber ou distinguir
determinadas cores. Normalmente, o problema consiste numa impossibilidade de diferenciar o vermelho ou o verde. Os indivíduos incapazes de distinguir o vermelho são denominados protanopes, enquanto que os que não conseguem distinguir o verde são conhecidos como deuteranopes. Para além disso, noutros casos (menos frequentes), há quem tenha dificuldade em distinguir o amarelo ou o azul.

Uma outra consequência habitual do daltonismo consiste numa possível confusão entre as cores, na medida em que, por vezes, duas tonalidades da mesma cor, uma escura e outra clara, são entendidas como cores diferentes. Existem indivíduos com problemas de percepção cromática menos evidentes que não são capazes de distinguir as cores, embora vejam
melhor as cores intensas e necessitem de um período de tempo mais prolongado do que o normal para identificar a cor. Para além disso, em alguns casos, as cores demasiado vivas provocam fadiga visual.

Diagnóstico

O daltonismo pode ser diagnosticado através de exames específicos que avaliem a percepção cromática, nos quais pode-se recorrer à utilização de vários elementos. Por exemplo, é possível utilizar fios ou lãs de diferentes cores, que o médico mostra ao paciente para que este os identifique. É igualmente comum a utilização de cartões com pontos de cores diferentes entre os quais existem alguns de uma
determinada cor que formam letras ou números que as pessoas com visão normal conseguem distinguir, embora passem despercebidos às pessoas com deficiência cromática, que confundem as cores.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Ceratocone

 O Ceratocone é uma doença ocular não inflamatória que afeta o formato e a espessura da córnea, provocando a percepção de imagens distorcidas. A evolução do ceratocone é quase sempre progressiva com o aumento do astigmatismo, mas pode estacionar em determinados casos. Na sua fase inicial, o ceratocone apresenta-se como um astigmatismo irregular, levando o paciente a trocar o grau do astigmatismo com frequência. O diagnóstico definitivo desta patologia é feito com base nas características clínicas e com exames objetivos como a topográfica corneana e a paquimetria ultrassônica.

Sintomas de Ceratocone: O principal sintoma é a visão borrada e distorcida tanto para longe quanto para perto. Alguns podem relatar diplopia (visão dupla) ou poliopia (percepção de várias imagens de um mesmo objeto), halos em torno das luzes, fotofobia (sensibilidade excessiva à luz) e coceira.
Tratamento de Ceratocone: tratamento do ceratocone visa sempre proporcionar uma boa visão ao paciente, bem como garantir seu conforto na utilização dos recursos que serão empregados e principalmente preservar a saúde da córnea. As alternativas de tratamento sempre são avaliadas nesta ordem: óculos, lentes de contato e cirurgias.

• Óculos: A primeira opção que o paciente recebe é a prescrição de óculos, na maior parte das vezes em casos iniciais da doença, quando o astigmatismo irregular ainda é baixo e é possível obter uma acuidade visual aceitável.

• Lentes de Contato: A partir do momento em que os óculos não conseguem fornecer uma acuidade visual satisfatória, a lente de contato é a próxima alternativa, geralmente é utilizada a lente rígida gás permeável que procura proporcionar a melhor acuidade visual, principalmente assegurar a saúde fisiológica da córnea.

• Crosslinking: Consiste na ligação de colágeno de córnea com a riboflavina. É feita a remoção do epitélio (camada mais externa do tecido corneano) da região central da córnea, de forma a expor a superfície para aplicação de uma solução de riboflavina, que nada mais é que a vitamina B2. O resultado deste processo é a criação de mais ligações covalentesno estroma o que aumenta a resistência mecânica da córnea. Com isso, há menor chance de progressão do ceratocone.
 
• Transplante de Córnea: Nos casos de ceratocone que progredirem ao ponto onde a correção visual não pode ser mais atingida com óculos e lentes de contato, o afinamento da córnea se torna excessivo, ou cicatrizes corneanas resultantes do uso de lentes de contato tornam-se um problema frequente ou exista a presença de leucoma (opacificação corneana) importante, o transplante de córnea se torna necessário.

• Implante de Anel Corneano: Uma alternativa cirúrgica para o transplante de córnea é o implante de segmentos de anel corneano (anel intra-estromal). Uma pequena incisão é feita na periferia da córnea e dois arcos de polimetil metacrilato são introduzidos deslizando os segmentos entre as camadas do estroma em cada lado da pupila antes que a incisão seja fechada. Os segmentos empurram a curvatura da córnea para fora, aplanando o ápice do ceratocone e retornando-o a um formato mais natural. O procedimento, realizado em uma base ambulatorial com anestesia local, oferece o benefício de ser reversível e potencialmente substituível, uma vez que não envolve a remoção de tecido ocular.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Glaucoma



Glaucoma
É característica dos olhos acometidos de tensão elevada, que atinge 5% da população com cerca de 40 anos de idade. A tensão interna do olho aumenta devido à dificuldade de liberação do humor aquoso; líquido existente entre a córnea e o cristalino.
O glaucoma é classificado como:
Simples – Decorre de um distúrbio fisiológico do sistema de escoamento do humor aquoso;
Agudo – Apresenta sintomas intensos e imediatos num olho sem antecedentes glaucomatosos;
Congênito – Se caracteriza pelo fechamento do ângulo irido-corneano e pelo aumento do volume do globo ocular;
Secundário – É decorrente de problemas patológicos que, se detectados a tempo, podem ser solucionados.
Seu tratamento é feito a base de colírios específicos.
                         


Olho humano

                                                       

Olho
Schematic diagram of the human eye pt.svg
Diagrama esquemático do olho humano.









O olho humano é o orgão responsável pela visão no ser humano. Tem diâmetro antero-posterior de aproximadamente 24,15 milímetros,  o olho é o orgão sensível que permite detectar a luz e transformar essa luz em impulsos eléctricos, eviados para o celebro através de estimulos nervosos, e o nervo óptico transforma esses estimulos em  imagem., que permite o celebro fazer o reconhecimento das imagens.


Envie sua pergunta para o e-mail vandeir_junior@yahoo.com.br













                                                                             

domingo, 22 de julho de 2012

Catarata


Catarata constitui na opacificação do cristalino, acarretando graves problemas de visão; para qualquer tipo de catarata, o único tratamento realmente eficaz é a cirurgia.Onde é retirado o cristalino e introduzido uma lente intra ocular.
A catarata pode ser:
Congênita – Ataca a criança antes do nascimento;
Traumática – Derivada de acidentes;
Adquirida – Pode ser causada por traumatismos, perturbações endócrinas (metabólica) ou senilidade.
      começo                              totalmente opacificada