quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Visão Periférica

A visão periférica é a capacidade do individuo de enxergar pontos a sua frente e ao redor do seu campo visual, ou seja, é aquela que se forma fora da mácula, na periferia da retina. Tratando-se de uma visão pouco rica em detalhes, onde o individuo percebe a presença dos objetos e movimentos, mas nada nítido quase desfocado. Importante no processo de locomoção do individuo principalmente à noite que tem pouca iluminação, onde ele conseguirá enxergar também os objetos que não estão sendo focados, não correndo o risco de esbarrar ou tropeçar em algum deles. Isso acontece porque a luz incide em nossos olhos somente de forma retilínea a frente dos nossos olhos e, o que está ao redor aparece desfocado.
 
                                                                Vandeir Junior
 vandeir_junior@hotmail.com

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Lacrimejar

Seus olhos lacrimejam muito?
Quando sorri ou chora os canais lacrimais se abrem e as lágrimas correm. Mas quando seus olhos começam a lacrimejar sem qualquer razão aparente, pode se tratar de uma doença.

Quando sorri ou chora os canais lacrimais se abrem e as lágrimas correm. Mas quando seus olhos começam a lacrimejar sem qualquer razão aparente, pode se tratar de uma doença. No entanto, não é preciso se preocupar, pois esses problemas normalmente são resolvidos com facilidade.
Chorar de alegria, tristeza ou raiva, por estar emocionado ou preocupado são reações humanas normais. As lágrimas também tem efeito purificador, elas contêm uma enzima em seu fluido que previne a proliferação de bactérias e combate infecções. Certos vapores, como os que são expelidos ao cortar uma cebola, também podem causar lágrimas. Porém, se seus olhos lacrimejam muito e não há razão aparente para isso, a causa pode ser outra.
Há muitas causas para o lacrimejamento
Uma das razões mais comuns para o lacrimejamento é a conjuntivite. Trata-se de uma irritação ou infecção da conjuntiva. A conjuntivite é diferenciada pelos médicos entre infecciosa e não-infecciosa. A conjuntivite infecciosa é causada por um vírus ou bactéria, enquanto as causas da não-infecciosa incluem alergias, irritação devido a luz intensa, corpos estranhos ou químicos. Em ambos os casos é aconselhável que você consulte um oftalmologista e descreva os sintomas.
Antibióticos ajudam a curar infecções bacterianas. Outra dica é usar lenços para secar os olhos. Também é aconselhável lavar as mãos regularmente, assim você pode prevenir infecções. Além disso, pessoas infectadas devem evitar o uso de lentes de contato.
Outra causa comum de lacrimejamento são os problemas de visão mal corrigidos, que fazem com que os olhos se esforcem muito mais para enxergar adequadamente. Lentes prescritas para o grau exato podem solucionar esse problema.
O lacrimejamento também pode ser causado, em alguns casos, pela má composição do fluido lacrimal. Além de uma grande quantidade de água, a lágrima também é composta de proteínas e uma camada lipídica protetora que cobre o filme lacrimal. O que ocorre é uma falta de aderência do filme lacrimal na superfície do olho, fazendo com que ele seja eliminado. Neste caso, seu oftalmologista pode ajudá-lo ao prescrever colírios especiais. 
Outras causas possíveis do lacrimejamento são lesões na superfície da córnea devido a corpos estranhos ou arranhões. Quando isso acontece, o corpo reage naturalmente produzindo mais lágrimas. Algumas pessoas também tem pálpebras indevidamente posicionadas. Especialistas definem como entrópio, quando a pálpebra fica virada para dentro, ou ectrópio, quando a pálpebra é virada para fora. Dependendo da seriedade do problema, uma cirurgia corretiva pode ser necessária.
Olhos muito secos também podem causar lacrimejamento
Pode parecer contraditório, mas olhos muito secos podem também causar lacrimejamento. Quando os olhos ficam secos por um longo período, tendem a começar a produzir mais fluido lacrimal.

Matéria do portal http://www.opticanet.com.br

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

A importância de se medir a DNP

A DNP, ou distância naso-pupilar, está entre as principais medidas da óptica e deve ser feita através de um instrumento chamado pupilômetro. A DNP mede o reflexo corneano, ou seja, o eixo visual do olho. É através desta medida que as lentes oftálmicas são centralizadas adequadamente nas armações.
A medição inadequada da DNP pode provocar sérios problemas de adaptação às lentes oftálmicas, principalmente em altas diopitrias, lentes progressivas e adaptações especiais.
Quando há altas dioptrias envolvidas, o erro de centralização provoca efeitos prismáticos, que dificultam a adaptação às lentes. Nas crianças, estes efeitos podem prejudicar o desenvolvimento da visão.
Já em lentes multifocais, errar a DNP pode provocar problemas posturais no usuário, que precisará virar o rosto constantemente para conseguir enxergar com nitidez.
A forma correta de se medir a DNP é medir cada olho separadamente; isso porque nem sempre a DP (distância pupilar) total é dividida exatamente entre os dois olhos. Você normalmente irá encontrar DPs ligeiramente diferentes para cada lado. Exemplificando: Uma DNP de 60mm não necessariamente corresponderá a 30mm para cada olho. Você poderá encontrar 29mm para um olho e 31mm para outro. Por isso é sempre necessário verificar a DNP monocular.          
                                                   Vandeir Junior
vandeir_junior@hotmail.com
                                                                                      

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Fadiga visual

A informatização do ambiente de trabalho transformou a fadiga visual num mal comum em ambientes corporativos.
A evolução da tecnologia no País causou muitas mudanças nos hábitos dos brasileiros, dentre estas, destaca-se o uso inadequado e, muitas vezes, exagerado do computador no trabalho e em casa.
Cinco horas e trinta e quatro minutos é o tempo médio que o brasileiro passa em frente ao computador, segundo pesquisas da International Data Corporation. A média dos norte-americanos em frente ao aparelho é de duas horas e oito minutos.
Além de comprometer o rendimento profissional e provocar danos à saúde como as doenças osteomusculares, por exemplo, “a presença quase que constante em frente à tela do computador trouxe à tona a fadiga visual”, alerta o oftalmologista Virgilio Centurion, diretor-clínico do IMO.
Olhos irritados ou vermelhos, "ressecados", lacrimejantes, coceira, “cansaço na vista”, sensibilidade à luz, dificuldade de conseguir foco, visão de cores alteradas, halos ao redor dos objetos, visão embaçada ou dupla... São muitos os sintomas da fadiga visual ou CVS, (Computer Vision Syndrome), o equivalente a "Síndrome da Visão do Usuário de Computador".
De acordo com o oftalmologista, a síndrome pode afetar qualquer pessoa que passe mais de duas horas seguidas por dia olhando para a tela do computador. "Nossos olhos não foram feitos para ficar mais de duas horas ininterruptas de frente para o micro. Portanto, quem ultrapassar este tempo está sujeito a desenvolver a CVS", diz o especialista.
Além dos problemas enumerados, a pessoa pode sentir dores de cabeça, na nuca, nas costas e espasmos musculares. A luminosidade da tela faz as pupilas se fecharem, além de provocar esforço muscular, sonolência e cansaço visual. "A síndrome é caracterizada por sintomas oculares que aparecem durante ou após o uso prolongado do computador. Enxergar de perto, exige mais esforço do que enxergar de longe.
As imagens do monitor são formadas por 'pixels', minúsculos pontinhos nos quais os nossos olhos não conseguem manter o foco, necessitando 'focar e refocar' continuamente. Isto provoca o estresse dos músculos oculares, resultando nos sintomas já descritos".

É preciso piscar

O fato do usuário do computador piscar menos diante do monitor também afeta a visão. "Piscar é fundamental, pois faz a troca do filme lacrimal, uma película de lágrima que fica sobre a córnea, responsável pela manutenção da umidade dos olhos, indispensável para uma boa visão", é recomendado pausa de pelo menos 10 minutos a cada hora trabalhada, para que o profissional relaxe e volte a piscar normalmente.
"As pausas devem ser para descansar realmente os olhos. Não para continuar lendo o trabalho ou conversar com o colega sobre o serviço. É preciso sair da frente do computador e, de preferência, olhar para uma janela aberta ou ir tomar um café em outro local".
Os sintomas da fadiga visual também costumam aparecer naqueles que ficam muitas horas jogando vídeo game e nas pessoas que necessitam de óculos em atividades que exigem esforço visual, mas que acabam não usando as lentes. "É recomendável piscar mais os olhos também quando a pessoa assiste a um filme no cinema ou na TV" recomenda os especialistas.
Os oftalmologistas alertam que é preciso evitar ventilador ou ar condicionado direto sobre o rosto quando se está no computador. Indicam o uso de proteção de tela para controlar a luminosidade e que a posição da máquina esteja na altura ou um pouco abaixo da linha dos olhos, nunca acima. "Caso o equipamento fique acima dos olhos, ocorre um aumento da fenda palpebral, o que, além da lágrima evaporar mais rapidamente, causa uma exposição maior dos olhos".
Para aqueles que utilizam lentes de contato e trabalham com computador em ambientes com ar condicionado, os oftalmologistas lembram que é necessário fazer uso de colírio lubrificante para amenizar os sintomas da fadiga visual, pois serão comuns ardência, olhos vermelhos, irritação e secura.
Em caso de algum sintoma ocular (lacrimejamento, sono, dor de cabeça, baixo rendimento etc.) persistir após a adoção dos cuidados acima, pode ser necessário o uso de óculos. O usuário de computador deve fazer consultas oftalmológicas, periodicamente, e evitar a auto-medicação para resolver o mal estar causado pela vista cansada.

sábado, 28 de julho de 2012

Nistagmo

     
  Nistagmo são oscilações repetidas e involuntárias rítmicas de um ou ambos os olhos em algumas ou todas as posições de mirada, podendo ser originarias de labirintites, maculopatias ou catarata congênita, albinismo, e outras causas neurológicas.Uma forma de Nistagmo.
Fisiologicamente, o nistagmo é um reflexo que ocorre durante a rotação da cabeça para estabilizar a imagem. O reflexo é dividido em duas fases, uma rapida e uma lenta. A fase lenta é para compensar a rotação da cabeça e a fase rápida é para resetar o movimento (caso contrário o olho iria atingir a borda da órbita e se manteria la enquanto durasse o movimento rotacional). A fase lenta é gerada pelo sistema vestibular enquanto a fase rápida responde a sinais do tronco cerebral.
O nistagmo é dito patológico quando o movimento (fases rápida e lenta) ocorrem mesmo com a cabeça parada. É resultado do desbalanço do sistema vestibular alterando o tônus dos neurônios motores extra-oculares. O nistagmo patológico é um sinal clássico de doenças do labirinto vestibular e suas conexões centrais.
Quanto a direção do movimento dos olhos no nistagmo patológico: Uma irritação do labirinto da orelha esquerda produz sinais que lembram os produzidos quando a cabeça é rodada para a esquerda. Assim, o movimento lento será para a direita enquanto a fase rápida será para esquerda. A destruição do labirinto da direita causa os mesmos sintomas que a irritação do labirinto esquerdo.

Diagnóstico

O nistagmo é muito perceptível mas pouco reconhecido. Ele pode ser investigado clinicamente com a utilização de exames não-invasivos. O mais simples é a prova calórica, na qual um dos meatos auditivos externos é irrigado com água quente ou fria. O gradiente de temperatura provoca estimulação do nervo vestibulococlear e consequentemente o nistagmo.
O movimento resultante dos olhos pode ser registrado e quantificado por dispositivos especiais como o eletronistagmógrafo (ENG), uma forma de eletrooculografia (um método elétrico de medir os movimentos oculares usando eletrodos externos, ou o videonistagmógrafo (VNG), uma forma de videooculografia (VOG) (um método baseado em vídeo para medir os movimentos oculares usando pequenas câmeras). Cadeiras especiais que balançam também são usadas em testes para induzir o nistagmo rotatório.

Causas

Nem sempre é patológico. O nistagmo pode ser parte do reflexo vestíbulo-ocular, em que os olhos se movem primeiro na direcção do lado lesionado (fase lenta) seguida por uma rápida correção (fase rápida) para o lado oposto. Além disso, o uso de Ecstasy (MDMA) pode causar sua ocorrência.

Movimento e direção

O movimento do nistagmo pode ser em um ou mais planos (horizontal, vertical ou rotatório). É o plano dos movimentos e não a direção do olhar que define a direção do nistagmo. A direção do nistagmo é definida pela direção de sua fase rápida. Ou seja, quando o olho do paciente move-se rapidamente para o lado esquerdo e depois volta lentamente para a direita, caracteriza-se como um nistagmo esquerdo (não importando se o paciente está olhando para cima, para baixo, para esquerda ou direita)
                                                                                                                                                              

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Pterigio

O pterígio (do grego pterygion, "asinha") caracteriza-se por massa fibrovascular, triangular e elevada, crescendo a partir da conjuntiva em direção à córnea.
Localiza-se principalmente na área interpalpebral, no setor nasal, e mais raramente no setor temporal.

Quadro Clínico

A característica clínica do pterígio varia de acordo com seu estágio de evolução. Em sua forma inicial, observa-se um pequeno crescimento da conjuntiva em direção a córnea, através do limbo.
Esta forma incipiente possui poucos vasos. Com a progressão, os vasos sangüíneos tornam-se dilatados e congestos, a córnea torna-se irregular, podendo haver comprometimento do eixo visual se o pterígio atinge o centro da córnea. Um depósito de ferro pode ser observado na borda do pterígio (linha de Stocker) significando cronicidade.
A localização fora da zona interpalpebral é considerada atípica e nesses casos outras etiologias como ceratoconjuntivite flictenular e malignidade devem ser consideradas.

Tratamento

O tratamento inicial deve ser clínico, orientando-se o paciente a proteger seus olhos da luz solar com óculos escuros e lubrificantes oculares para evitar ressecamento.
Se ocorrer inflamação e edema deve-se usar colírio com vasoconstritores para prevenir elevação do tecido e formação de defeito do filme lacrimal na área subjacente. Corticosteróides de baixa concentração podem ser prescrito por curto período de tempo.
A intervenção cirúrgica está indicada por motivo cosmético ou funcional quando a progressão da lesão coloca em risco a visão ou quando há formação de simbléfaro limitando a mobilidade ocular. Se nenhuma destas indicações existe, é melhor tratar o pterígio clinicamente, já que a recorrência após a cirurgia é freqüentemente mais agressiva do que a lesão primária.
Existem múltiplas técnicas cirúrgicas para a remoção do pterígio, todas elas apresentando possibilidade de recidiva. Vários tratamentos para evitá-la após a cirurgia são preconizados. O mais comum é a irradiação beta com estrôncio 90 aplicado na esclera próxima ao limbo, num total de 1.000 a 1.500 rad divididos em 6 aplicações. As complicações mais freqüentes com este tratamento são: escleromalácia, afinamentos esclerais graves e mesmo endoftalmite.
Outra forma de tratamento é o uso tópico de thiotepa, agente antineoplásico, que deve ser utilizado de 4 a 6 vezes ao dia por 6 a 8 semanas no período pós-operatório.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Daltonismo – O que é?


A retina é constituída por fotorreceptores especificamente sensíveis às cores, denominados cones, dos quais é possível distinguir três tipos, cada um capaz de captar uma cor fundamental, já que uns são sensíveis ao vermelho, outros ao verde e outros ao azul. Em condições normais, a estimulação simultânea e parcial dos três tipos de cones possibilita a distinção de um amplo leque de cores.

O daltonismo é originado pelo facto de a retina das pessoas afectadas apresentar uma diminuição ou a ausência de algum dos diferentes tipos de cones, o que faz com que não consigam distinguir as cores às quais são sensíveis. O problema, de índole constitucional, é provocado por uma anomalia genética recessiva ligada ao cromossoma X, o que justifica o facto de ser mais frequente no
sexo masculino do que no sexo feminino.

Manifestações

A única consequência do daltonismo é a incapacidade para perceber ou distinguir
determinadas cores. Normalmente, o problema consiste numa impossibilidade de diferenciar o vermelho ou o verde. Os indivíduos incapazes de distinguir o vermelho são denominados protanopes, enquanto que os que não conseguem distinguir o verde são conhecidos como deuteranopes. Para além disso, noutros casos (menos frequentes), há quem tenha dificuldade em distinguir o amarelo ou o azul.

Uma outra consequência habitual do daltonismo consiste numa possível confusão entre as cores, na medida em que, por vezes, duas tonalidades da mesma cor, uma escura e outra clara, são entendidas como cores diferentes. Existem indivíduos com problemas de percepção cromática menos evidentes que não são capazes de distinguir as cores, embora vejam
melhor as cores intensas e necessitem de um período de tempo mais prolongado do que o normal para identificar a cor. Para além disso, em alguns casos, as cores demasiado vivas provocam fadiga visual.

Diagnóstico

O daltonismo pode ser diagnosticado através de exames específicos que avaliem a percepção cromática, nos quais pode-se recorrer à utilização de vários elementos. Por exemplo, é possível utilizar fios ou lãs de diferentes cores, que o médico mostra ao paciente para que este os identifique. É igualmente comum a utilização de cartões com pontos de cores diferentes entre os quais existem alguns de uma
determinada cor que formam letras ou números que as pessoas com visão normal conseguem distinguir, embora passem despercebidos às pessoas com deficiência cromática, que confundem as cores.